Há um tempo, repostei um vídeo que falava “não importa quão atrativo é o potencial de uma pessoa, você precisa namorar a realidade dela.” E algumas de vocês comentaram que foram impactadas por esse conteúdo, então achei bacana refletirmos sobre isso.
Não é incomum ouvir no consultório relatos de mulheres que estão em relações pautadas na “esperança”: esperança de que daqui uns anos as coisas melhorem, esperança de que a pessoa mude de ideia sobre tal tópico, esperança de que seja apenas uma fase da relação, etc.
Mas será que os relacionamentos deveriam ser baseados na esperança da mudança de uma outra pessoa? Porque como já sabemos, se já é difícil mudarmos a nós mesmas, imagina como seria mudar o outro? Será que essa esperança é coerente com a realidade ou é um apego a uma fantasia?
Todos temos qualidades e pontos de melhoria, ninguém será 100% perfeito, mas não podemos negar que existem aspectos que deveriam ser inegociáveis nas relações. Se você não tem clareza do que aceita ou não em um relacionamento, tudo se torna aceitável. Até mesmo o que te machuca.
Não falo sobre não acreditar em aperfeiçoamentos, isso realmente é possível, mas falo sobre a expectativa de que a pessoa mude pontos que nem ela mesma vê como um problema. Será que realmente devemos “aceitar o que tem” por medo de não encontrar mais ninguém? E digo mais, será que é possível perder o que nem existe?
Olhar para quem a pessoa realmente é pode ajudar a entender até onde você está disposta a investir nessa relação. Entrar em um relacionamento pode não ser fácil, assim como permanecer nele e/ou sair dele. Mas é essencial entendermos o timing de cada um desses passos, porque apenas nós lidaremos com as consequências.
Você sabe o que é inegociável para você em uma relação? Você se mantém fiel aos seus próprios limites?
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